Impacto sobre a poupança
Num contexto de inflação elevada, é mais difícil equilibrar o orçamento e reservar parte do rendimento para a poupança.
Ainda que as famílias consigam manter o nível de poupança (nominal), o valor real dessa poupança diminui à medida que os preços aumentam. Ou seja, o mesmo montante que se poupou comprará menos bens e serviços no futuro.
Se a poupança estiver aplicada, por exemplo, num depósito a prazo, o aumento da inflação reduzirá o juro obtido, em termos reais, no final desse depósito.
Num contexto de inflação, é importante:
Aumentar os esforços de poupança
Aplicar a poupança

Aumentar os esforços de poupança
Se for possível, reveja o orçamento familiar para, pelo menos, manter o montante de poupança mensal.
Se for viável, aumente o montante da poupança em termos nominais, para manter o valor de poupança em termos reais.
Aplicar a poupança
Aplicar a poupança num produto financeiro é ainda mais importante num contexto de inflação, para que a remuneração obtida (por exemplo, juros de um depósito a prazo) mitigue a perda de valor real dos montantes poupados.
Para não perder valor, a poupança terá de ser aplicada a uma taxa de juro real positiva ou nula. A taxa de juro real corresponde à diferença entre a taxa de juro nominal e a taxa de inflação. Se a taxa de juro obtida na aplicação da poupança for inferior à taxa de inflação, a poupança perde valor em termos reais.
Quando há poupança disponível, deve ponderar utilizá-la para reembolsar empréstimos e, assim, diminuir os encargos com o crédito. Caso esteja a ponderar fazer esse reembolso, saiba que, até 31 de dezembro de 2025 está isento de pagar a comissão de reembolso antecipado parcial ou total nos contratos de crédito à habitação para aquisição ou construção de habitação própria permanente com taxa de juro variável.