Elaborar o orçamento

Elaborar o orçamento significa planear a forma como se pretende gerir o dinheiro de que se dispõe.

O orçamento pode fazer-se em base mensal, mas perspetivando os rendimentos, despesas e objetivos de poupança em base, pelo menos, anual. Desejavelmente o orçamento deve ser feito em base plurianual, ou seja tomando como referência vários anos.

Na sua elaboração deve começar-se por avaliar a situação financeira inicial. Quando ao fazer-se a avaliação da situação financeira se conclui que as despesas são à partida superiores aos rendimentos, o primeiro objetivo do orçamento deverá ser o de equilibrar o orçamento.

É importante partilhar a elaboração do orçamento com a família para que todos se sintam comprometidos com os objetivos definidos.

CONSELHOS PARA ELABORAR E GERIR O ORÇAMENTO

O planeamento dos rendimentos e das despesas deve ser feito numa perspetiva não apenas mensal mas, pelo menos, anual. Algumas despesas são irregulares e outras ocorrem apenas uma vez por ano, como, por exemplo, os seguros.

O simulador de orçamento familiar ajuda a elaborar o orçamento.

O rendimento a considerar não deve ser sobreavaliado. Na avaliação do rendimento há que ter em atenção os rendimentos certos e os irregulares, considerando estes com precaução. Nos casos em que o rendimento é variável todos os meses, pode considerar-se a média mensal do último ano para elaborar o orçamento.

O montante das despesas deve ser rigoroso. Estas não devem ser subavaliadas e deve ter-se em atenção a sua natureza, isto é, se são fixas ou se podem ser alteradas.

O orçamento deve ser realizado com regularidade, por forma a garantir que o rendimento, as despesas e a acumulação de poupança estão a evoluir de acordo com o planeado.

As faturas, recibos, extratos da conta bancária e outros documentos que possam ajudar a elaborar e a acompanhar o orçamento devem ser organizados e guardados.

É importante tomar nota das datas de pagamento das despesas mais importantes, em particular, das despesas fixas com datas pré-determinadas de forma a evitar atrasos, penalizações e custos por incumprimento ou por não se ter dinheiro disponível na conta à ordem. Deve-se evitar que a conta de depósito à ordem apresente um saldo negativo, mesmo que se tenha negociado com a instituição de crédito uma facilidade de descoberto. Sempre que se recorre a esta facilidade está-se a contrair um crédito que tem de ser reembolsado com o pagamento de juros e, eventualmente, e comissões

É aconselhável planear o orçamento de forma a obter uma determinada poupança, por exemplo, de 10% dos rendimentos. Ou seja, de um rendimento mensal de 1000 euros põem-se de lado 100 euros por mês. Um objetivo mais ambicioso, por exemplo, uma taxa de poupança de 20%, exige guardar um montante mais elevado, neste caso, o dobro.

Também se pode definir este objetivo fixando um determinado montante a poupar regularmente, por exemplo, de 200 euros. O montante a poupar deve ser considerado como se fosse uma espécie de despesa fixa. Pode ser mais fácil assim planear o orçamento familiar.

Na elaboração do orçamento familiar, devem considerar-se ainda as despesas que se pretendem fazer no futuro mas que podem ser de montantes dificilmente comportáveis no rendimento mensal (por exemplo, eletrodomésticos, férias, etc.). É importante reservar alguns fundos antes de efetuar estas despesas, para que quando ocorrerem não tenham impacto no equilíbrio do orçamento familiar.

É importante ter em atenção que o orçamento deve ser revisto caso surjam alterações com impacto no rendimento ou despesas do agregado familiar.