14 Jul 2016

Supervisores apresentam Plano Nacional de Formação Financeira 2016-2020

  • Garantir que a formação financeira chega aos jovens em idade escolar e aos empreendedores e gestores de micro, pequenas e médias empresas é prioridade dos supervisores
  • Meios digitais de acesso aos serviços financeiros são uma nova área do Plano
  • Plano prevê parcerias com as universidades e as associações empresariais e ações para apoio aos migrantes

O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros divulga hoje o Plano Nacional de Formação Financeira 2016-2020, uma iniciativa conjunta do Banco de Portugal, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). As novas linhas de orientação dão continuidade à estratégia definida para 2011-2015, reforçando o compromisso de médio e longo prazo dos supervisores financeiros com a formação financeira.

Uma das prioridades dos supervisores financeiros para os próximos cinco anos é promover a educação financeira nas escolas. Para o efeito, os supervisores e o Ministério da Educação vão dar continuidade ao programa de formação de professores e lançar Cadernos de Educação Financeira para o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e para o ensino secundário (o do 1.º ciclo foi publicado em outubro de 2015), os quais contam também com o apoio de associações do setor financeiro.

A promoção da formação financeira para apoiar o empreendedorismo e os empresários é outra prioridade do Plano. Os supervisores financeiros, nomeadamente através das parcerias já firmadas com o IAPMEI, o Turismo de Portugal e a CASES, vão dinamizar ações de formação financeira dirigidas aos empreendedores, empresários e gestores de micro, pequenas e médias empresas.

O Plano estabelecerá também parcerias com as universidades, dinamizando conferências e seminários sobre temas de finanças pessoais para estudantes do ensino superior. Esta abordagem será também utilizada na formação financeira dirigida a trabalhadores, através da promoção de parcerias com as associações empresariais.

Serão ainda reforçadas as iniciativas dirigidas aos segmentos da população mais vulneráveis, designadamente os migrantes, beneficiando da colaboração, entre outros parceiros do Plano, do Alto Comissariado para as Migrações.

Já no que respeita aos temas abordados, a novidade para 2016-2020 é a atenção dada aos meios digitais de acesso a serviços financeiros. Ao longo dos próximos cinco anos, o Plano organizará ações para sensibilizar a população, e sobretudo os jovens, para os cuidados a ter na utilização destes serviços. Por outro lado, reforçará os conteúdos de formação financeira nos meios digitais já disponibilizados pelo Plano, designadamente o portal Todos Contam e a sua plataforma de e-learning.

O Júri do Concurso Todos Contam passou a fazer parte do modelo de governação do Plano, reconhecendo o seu papel na avaliação das candidaturas ao Concurso Todos Contam e no aconselhamento em matérias estratégicas para a implementação do Plano.

As linhas de orientação do Plano Nacional de Formação Financeira para 2016-2020 foram analisadas por todos os parceiros do Plano e refletem o seu compromisso com este projeto.